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dc.contributor.authorPinho, Sandra Cristina dos Santos
dc.date.accessioned2012-06-12T09:51:42Z
dc.date.available2012-06-12T09:51:42Z
dc.date.issued2012
dc.identifier.urihttps://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/202
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11816/202
dc.description.abstractDevido à sua capacidade única de armazenamento a longo prazo de xenobióticos (XBs), o cabelo tem adquirido, ao longo dos últimos 20 anos, uma maior atenção e reconhecimento para a investigação retrospetiva de exposição crónica de XBs, bem como exposição intencional ou acidental. A sua estrutura sólida e natureza durável promovem a estabilidade dos XBs na haste capilar, mesmo durante séculos após a administração. A grande janela de deteção é a principal vantagem do cabelo em comparação com as amostras convencionais (sangue e urina). De facto, as três amostras biológicas complementam-se entre si: as análises ao sangue e urina fornecem informação de curto prazo, enquanto a história a longo prazo é fornecida através da análise do cabelo (que pode expandir entre meses e anos, dependendo do comprimento cabelo analisado). Esta vantagem associada à recolha não invasiva e à desnecessidade de condições especiais de armazenamento, fazem o cabelo uma ferramenta útil em toxicologia forense. Embora haja consenso razoável de que os resultados qualitativos da análise do cabelo são válidos, a interpretação dos resultados ainda está em debate devido a questões não resolvidas, como a influência de contaminação externa que é frequentemente associada com a interpretação incorreta dos resultados (falsos positivos). O tramadol é um dos analgésicos mais utilizados em todo o mundo. A sua reduzida habilidade de indução abuso e dependência está documentada. No entanto, nos últimos anos, tem-se verificado um aumento do número de casos de dependência, abuso e intoxicação por tramadol. Uma vez que a incidência de abuso por tramadol, concentra-se principalmente em indivíduos com história de abuso de drogas, o cabelo torna-se a matriz ideal para a investigação retrospetiva do abuso crónico de tramadol. A fim de excluir a possibilidade de contaminação externa, é importante para quantificar simultaneamente tramadol e o seu metabolito principal, O-desmetiltramadol (M1), que, quando presente no cabelo, representa exposição interna uma vez que não existe sob a forma medicamentosa. Durante os últimos anos, foram publicados alguns estudos de análise do cabelo para a deteção e quantificação do tramadol. Por outro lado nenhum estudo de validação para a deteção e quantificação de M1 no cabelo foi documentado. Este trabalho teve como objetivo desenvolver e validar um método baseado em cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (GC-MS) para deteção e quantificação de tramadol e M1 em amostras de cabelo humano. O trabalho experimental foi organizado em três partes: parâmetros de otimização (GC-MS parâmetros, extração de fase sólida (SPE) e condições de derivatização), validação do método e comprovação da sua aplicabilidade. A validação do método foi realizada de acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A exatidão, limites de deteção (LOD), limites de quantificação (LOQ), a recuperação, linearidade, seletividade, a precisão (intradia e interdia) método foram determinadas. O método GC-MS mostrou ser específico, exato (entre 100.3-108.0%) e preciso (CV% entre 3.85-10.06% para tramadol e 7.24-13.24% para M1). A curva de calibração (0.1-20 ng / mg) apresentou uma boa linearidade para ambos os analitos com coeficientes de correlação de 0.9995 e 0.9997 para o tramadol e M1, respetivamente. Os LOD e LOQ foram 0.03 e 0.02ng/mg, e 0.08 e 0.06ng/mg, para o tramadol e M1, respetivamente. Após a validação, o método foi aplicado a seis casos clínicos de tratamento monitorizado de tramadol. As amostras reais foram recolhidas de seis pacientes, dois do sexo feminino e quatro do sexo masculino (com idades 24-90 anos) que tinham sido tratados com tramadol para diversos fins medicinais. As seis amostras foram positivas para o tramadol e M1, e todas as concentrações estavam dentro da gama da curva de calibração. A discrepância entre as concentrações de tramadol e M1 das amostras reais, provavelmente, é a consequência da droga mãe apresentar propriedades físicas e químicas favoráveis à incorporação e depositação no cabelo, ou seja, apresenta menor polaridade que o M1 e exibe propriedades básicas que facilitam a sua deposição na melanina.pt_PT
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjecttramadolpt_PT
dc.subjectcabelopt_PT
dc.subjectO-desmetiltramadol (M1)pt_PT
dc.subjectcromatografia gasosapt_PT
dc.subjectespetrometria de massapt_PT
dc.subjecthairpt_PT
dc.subjectO-desmethyltramadolpt_PT
dc.subjectabusept_PT
dc.subjectgas cromatography (GC)pt_PT
dc.subjectMass spectrometry (MS)pt_PT
dc.titleSimultaneous quantification of tramadol and m1 in hair samples by gas chromatography-mass spectrometrypt_PT
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis


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