Estudo de prevalência da gengivite numa população escolarizada do concelho de Paredes
Abstract
INTRODUÇÂO
As doenças periodontais estão entre os distúrbios odontológicos mais frequentes em crianças e adolescentes, incluindo gengivite,periodontite e alterações periodontais associadas a doenças sistémicas.A gengivite afecta mais de 70% das crianças com mais de 7 anos de idade.
O estudo da doença periodontal em crianças tem despertado grande interesse, nos últimos anos. No entanto, os valores encontrados para sua prevalência apresentam variações consideradas excessivas. Como possiveis causas destas diferenças,têm sido indicados a diversidade genética inerente às populações estudadas e os métodos utilizados.
Tradicionalmente, o periodonto das crianças e dos adolescentes foi considerado na generalidade saudavel, restringindo-se as doenças periodontais à gengivite marginal,no entanto existe perda óssea ao nivel dos dentes decíduos, que por vezes é severa e pode mesmo levar `exfoliação precoce.
Todos os médicos dentistas devem estar aptos para diagnosticar e tratar a doença periodontal em crianças e adolescentes. A prevenção é a melhor maneira de abordar as doenças periodontais. Na sua falha, deve-se preocupar pela detecção e tratamento precoces, uma vez que as doenças periodontais na infância podem evoluir para doenças periodontais graves no adulto.
Poucos estudos deste tipo têm sido realizados com crianças portuguesas escolarizadas, o que torna relevante a execução deste projecto que pretende estudar a prevalência de gengivite numa população do concelho de Paredes.
OBJECTIVOS:
- Determinar a prevalência de gengivite de uma população do 2º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal Continental.
- Determinar o sexo mais afectado.
- Determinar a distribuição da gengivite da população de estudo por sextante.
- Determinar a distribuição da gengivite da população de estudo por faixa etária.
DISCUSSÂO
A interpretação dos resultados permite afirmar que os resultados à sondagem apresentam valores mais elevados, relativamente ao sangramento, no sexo masculino, o que está de acordo com a literatura.
III
O número médio de sextantes saudáveis diminui com a idade, apesar do grupo de 12 a 14 anos obter um valor mais elevado de sextantes saudáveis que o grupo 10 a 11 anos, o que vai de encontro à literatura. As pesquisas epidemiológicas de prevalência e severidade de doenças e condições orais são imprescendíveis para subsidiar o planeamento de politicas preventivas e assistenciais de saúde oral. CONCLUSÕES: - A prevalência de gengivite da população escolar do 2º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal Continental, é de 31%. - O sexo masculino é o sexo com maior prevalência de gengivite, 17.6%. - No sexo masculino os sextantes com maior prevalência de gengivite são os sextantes 3.7/3.6 e 4.7/4.6 com valores iguais de prevalência, 44%. - No sexo feminino o sextante com maior prevalência de gengivite é o 1.7/1.6, 48%. - Independentemente do sexo, o sextante com maior prevalência de gengivite é o sextante 4.7/4.6 e o 3.7/3.6, respectivamente, 40.9% e 40,6%. - A faixa etária dos 10 anos é a que apresenta maior prevalência de gengivite, 91,9%. - A prevalência de gengivite diminui da faixa etária dos 10 para os 11 anos, dos 91,9% para os 74,2%. - A prevalência de gengivite da faixa etária dos 11 anos até à dos 15 anos, inclusivé, aumenta, situando-se em valores semelhantes à da faixa etária de maior prevalência de gengivite, a dos 10 anos, 89,1%. O número médio de sextantes saudáveis diminui com a idade, apesar do grupo de 12 a 14 anos obter um valor mais elevado de sextantes saudáveis que o grupo 10 a 11 anos, o que vai de encontro à literatura. As pesquisas epidemiológicas de prevalência e severidade de doenças e condições orais são imprescendíveis para subsidiar o planeamento de politicas preventivas e assistenciais de saúde oral. CONCLUSÕES: - A prevalência de gengivite da população escolar do 2º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal Continental, é de 31%. - O sexo masculino é o sexo com maior prevalência de gengivite, 17.6%. - No sexo masculino os sextantes com maior prevalência de gengivite são os sextantes 3.7/3.6 e 4.7/4.6 com valores iguais de prevalência, 44%. - No sexo feminino o sextante com maior prevalência de gengivite é o 1.7/1.6, 48%. - Independentemente do sexo, o sextante com maior prevalência de gengivite é o sextante 4.7/4.6 e o 3.7/3.6, respectivamente, 40.9% e 40,6%. - A faixa etária dos 10 anos é a que apresenta maior prevalência de gengivite, 91,9%. - A prevalência de gengivite diminui da faixa etária dos 10 para os 11 anos, dos 91,9% para os 74,2%. - A prevalência de gengivite da faixa etária dos 11 anos até à dos 15 anos, inclusivé, aumenta, situando-se em valores semelhantes à da faixa etária de maior prevalência de gengivite, a dos 10 anos, 89,1%.