Alteração superficial do esmalte dentário causado por bebidas alcoólicas
Abstract
A erosão dentária é caracterizada perda de estrutura dentária ocasionada por um processo físico-químico que pode ser causado por factores extrínsecos ou intrínsecos. A capacidade erosiva das diferentes bebidas correlaciona-se significativamente com a quantidade de substância requerida para baixar o pH do esmalte dentário (pH<7). As bebidas alcoólicas têm uma elevada frequência de consumo a nível mundial, mas o dano causado no esmalte dentário dependerá dos hábitos e práticas de consumo.
Objetivo: Através de uma revisão de literatura, dar a conhecer a evidência científica do potencial erosivo das diferentes bebidas alcoólicas comumente ingeridas e sua prevenção.
Materiais e Métodos: Na fase de pesquisa bibliográfica para a realização deste trabalho foram utilizados como bases de dados: PubMed, Science Direct e Scielo. Os artigos analisados foram publicados a partir de 2000 até à atualidade.
Discussão: As bebidas alcoólicas são parte constituinte dos hábitos socioculturais da humanidade. O consumo regular de vinho é um fator de risco potencial para o desenvolvimento da erosão dentária, considera-se que o vinho branco tem um potencial erosivo maior do que o do vinho tinto. A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida a nível mundial e tem potenciais efeitos erosivos, o que acarreta a perda de cálcio do esmalte, além disso, a bebida consumida normalmente por jovens é o Alcopops, bebida com um potencial erosivo elevado e que possui um pH <4.0. O pH, a acidez titulável e o fluxo salivar, consideram-se importantes para determinar o potencial erosivo das bebidas. O uso de vernizes de flúor e selantes de fissura pode ter um importante papel no controle da erosão dentária.
Conclusão: As bebidas alcoólicas são agentes que provocam erosão dentária e podem ser neutralizados por materiais com alta capacidade protetora.