OSTEONECROSE MAXILARES MEDICAMENTOSA: REVISÃO LITERÁRIA SOBRE DIAGNÓSTICO E TERAPIA
Abstract
A osteonecrose da mandíbula (ONM) tem sido associada ao uso de aminobifosfonatos e denosumab. A grande maioria (> 90%) dos casos ocorre na população de pacientes oncológicos recebendo altas doses de bisfosfonatos intravenosos ou denosumab subcutâneo (incidencia 1-15 %).
Na população de pacientes com osteoporose, a incidência de ONM é estimada em 0,001% a 0,01%, marginalmente maior do que a incidência na população geral (<0,001%).
Novos conhecimentos sobre a fisiopatologia da ONM incluem efeitos antirreabsortivos de BPs e Dmab, efeitos de BPs em células T gama delta e na função de monócitos e macrófagos, bem como o papel da infecção bacteriana local, inflamação e necrose.
Vários fatores de risco de terapia da terapia antirreabsortiva foram identificados. Estes incluem a presença de doença periodontal, procedimentos cirúrgicos orais com extrações ou implantes, prótese mal ajustadas, radioterapia, quimioterapia, diabetes, tabagismo, uso de glicocorticóides e outras medicamentos, incluindo agentes antiangiogênicos.
As estratégias de prevenção para o ONM incluem a eliminação ou estabilização da doença oral antes do início de agentes antirreabsortivos, bem como a manutenção de uma boa higiene oral.
O manejo do ONM é baseado no estágio da doença, no tamanho das lesões e na presença de terapia medicamentosa e comorbidade. A terapia conservadora inclui colutorios orais antibióticos tópicos e antibioticoterapia sistêmica. O desbridamento cirúrgico localizado é indicado na doença avançada não responsiva e tem sido bem sucedido. Dados iniciais sugeriram maior cicatrização óssea com teriparatida em casos sem contraindicações para seu uso.
A terapia experimental inclui transplante intralesional de células-tronco de medula óssea, terapia com laser de baixa intensidade, aplicação local de fator de crescimento derivado de plaquetas, oxigênio hiperbárico e enxerto de tecido.